segunda-feira, 30 de maio de 2011

SELECÇÃO NACIONAL DE SUB-15 FEMININOS

SELECÇÃO NACIONAL DE SUB-15 FEMININOS


A Selecção Nacional de Sub-15 Femininos vai realizar um estágio de observação que engloba a participação no Torneio Internacional da Amadora, a realizar entre os dia 10 e 12 de Junho. O estágio terá lugar em São Domingos de Rana, com inicio no dia 9 de Junho.

ATLETAS CONVOCADAS
Ana Branca Pais - SC Farense
Ana Carla Marques - Santarém BC
Ana Sofia Moniz - CPN
Chelsea Guimarães - Lisnave
Emilia Dabó - GDESSA
Inês Moniz - União Sportiva
Joana Alves - SL Benfica
Mafalda Barcelos - CB Albufeira
Marlene Cassamá - Trafaria
Simone Costa - SL Benfica
Susana Lopes - Bolacesto
Vitalina Pinto - GD Gafanha

Seleccionadora: Ana Catarina Neves
Treinadora-Adjunta: Cristina Viegas

PARABÉNS SOFIA MONIZ!!!!!

Torneio Nacional Iniciadas, 2.ª Fase – Zona Norte (8ª Jorn, 29-5-2011): CPN - Valongo = 54-46

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista da Inês Pinto ao Basketpt

Entrevista a Inês Pinto
Internacional pelas camadas jovens de Portugal desde o seu primeiro ano de Sub16, a jovem Inês Pinto tem sido uma das grandes referências individuais da sua Geração. Começou a jogar no SC Coimbrões onde alcançou inúmeros sucessos individuais e colectivos, mudando-se depois para o CPN onde tem actuado pelas equipas de Sub19 e Seniores. Jogadora com uma enorme capacidade de sacrifício, e com um querer imenso, Inês Pinto é daquelas atletas que nunca vira a cara à luta e dá sempre o tudo por tudo para que a sua equipa alcance os objectivos definidos.

Com um discurso ponderado, Inês demonstra uma maturidade natural de que teve de, rapidamente crescer como pessoa pelos anos passados em Centros de Treino. A esta maturidade junta ainda a ambição de vir a jogar no estrangeiro.

Eis então, Inês Pinto em discurso directo.

Depois de vários anos a jogar no Coimbrões, decidiste mudar-te para o CPN. Porquê esta mudança na tua carreira?
À medida que fui crescendo como atleta os meus objectivos começaram a ser outros e achei que o C.P.N. seria o melhor para o meu futuro.
A saída não foi nada fácil, no Coimbrões tive muitos êxitos quer a nível colectivo (campeã nacional e duas vezes vice - campeã nacional) quer a nível individual (integrei no C.N.T enquanto estava no coimbrões), mas achei por bem arriscar e assim o fiz.
Fui muito bem recebida e não me arrependo de ter feito esta escolha.

Para quem não conhece ou para quem vê de fora, Agostinho Pinto é um treinador que vive os jogos com grande intensidade. Como é trabalhar com ele?
Trabalhar com o Agostinho Pinto é um orgulho, uma das razões pelo qual mudei de clube foi porque no C.P.N. seria treinada por um dos melhores treinadores portugueses. Claro que a sua forma emotiva nos jogos pode causar algum nervosismo, mas penso que já consigo lidar bem com isso, é uma questão de hábito.

Os Centros de Treino têm feito parte da tua vida nos últimos anos. Para ti, quais os principais pontos positivos e negativos de estar integrada num Centro de Treino?
O ponto que considero mais positivo e o mais evidente é o factor basquetebol: num centro de treino evolui-se muito mais que num clube, pois treinamos todos os dias e isso já faz com que melhoremos, mas para além de crescermos como jogadoras acima de tudo crescemos como pessoas.
Agora no plano negativo, acho que o pior é mesmo ter que deixar um pouco a nossa vida para trás, principalmente a família, essa foi a parte que mais me custou, mas são sacrifícios que depois são recompensados, e como se torna uma experiencia relativamente difícil faz com que no fim a recompensa seja ainda melhor.

Com treinos, viagens e jogos por duas equipas ao fim-de-semana, consegues conciliar o basket com os estudos, principalmente numa fase decisiva da tua vida de estudante?
Conseguir consegue-se sempre. Por vezes não é fácil mas arranja-se sempre tempo, porém os resultados não são os esperados e podem acabar por prejudicar bastante a média de final de curso, ainda por cima agora que não há estatuto as coisas complicam-se bastante.
Uma das regalias, se calhar a regalia mais importante a nível académico, foi-nos retirada sem mais nem menos e deixou-nos entre a espada e a parede, e neste último ano temos de recuperar aquilo que, em parte, foi perdido nos últimos 3 anos.

Desde que entraste para o Centro de Treino de Calvão, em que parte do teu jogo pensas ter evoluído mais?
Sem duvida na defesa, o trabalho que foi feito no Centro de Treino de Calvão (e que penso que ainda se faz) é principalmente baseado numa boa defesa e num jogo bastante rápido. Quando fui para o C.N.T. era muito inexperiente e para não me sentir inferior tive de me esforçar e penso que foi aí que cresceu a vontade de defender.

Durante as Férias de Verão costumas aproveitar para melhorar algum aspecto do teu jogo, ou depois do Europeu só tens vontade de descansar?
Do tempo que me resta só tenho mesmo vontade de descansar, pois o europeu é muito desgastante tanto a nível físico como emocional, e aproveito assim para ter as merecidas e desejadas férias.

Por falar nos Europeus, ter sido capitã da Selecção de Sub16 representou algo de especial para ti?
É sempre especial quando somos destacadas para tal cargo, cargo esse que exigia muito de mim, mas penso que acima de tudo foi uma experiencia enriquecedora e da qual obtive muitos frutos.
Penso que me ajudou a nível de carácter pois como capitã tinha que me impor mesmo que essa não fosse a minha vontade, mas tive sempre o apoio das restantes colegas.

A tua companheira de sempre, a Joana Jesus, foi recentemente chamada a um estágio da Selecção Nacional de Seniores. Para ti e para as restantes jovens, isto representa mais uma motivação para continuar a trabalhar e esperar um dia ter uma oportunidade destas?
É sem dúvida um sonho para qualquer atleta chegar à selecção sénior, então quando somos juniores de segundo ano penso que até sabe melhor, e claro que isso faz com que haja uma enorme motivação para continuar a trabalhar para que chegue a nossa vez.
Quando essa oportunidade aparece à minha companheira de equipa só tenho que ficar feliz também, porque no trabalho entra o meu também (sem menosprezar o valor individual dela). Dizer-lhe também para a aproveitar, mas quanto a isso não tenho qualquer dúvida que o tenha feito.

Apesar de não seres uma jogadora muito alta costumas ter bons desempenhos ao nível dos ressaltos e da defesa a jogadores de maior estatura. Achas que o querer, o espírito de sacrifício e o esforço ajudam a superar a falta de centímetros?
Penso que o querer está na base de tudo e claro o trabalho e o espírito de sacrifício ajudam bastante a ultrapassar a minha estatura. Tenho algum sucesso a defender pois gosto imenso de o fazer, o que não é muito vulgar.
Juntando o querer, o espírito de sacrifício e também alguma experiencia que vamos tendo ou orientações/dicas que nos são dadas acho que no fim temos os principais ingredientes para ter sucesso na defesa.
No que diz respeito aos ressaltos só tenho a dizer que o que é importante é querer.

O teu Clube está a competir na 1ª Divisão Feminina. Tens o objectivo de chegar à Liga, ou a patamares ainda mais elevados?
O meu objectivo como jogadora é jogar no patamar mais elevado que Portugal tiver para me oferecer, mas também gostaria de jogar um ano fora do país.
Mas por enquanto, na 1ª divisão Feminina, o meu objectivo é fazer de tudo para que a minha equipa esteja a lutar pelos lugares do topo da tabela, este ano não foi fácil, mas acredito que melhores anos virão.

Entrevista da Joana Jesus (Jota) ao Basketpt

Joana Jesus: «Percebi o que me falta trabalhar para estar ao nível das melhores»
04 Maio 2011 ás | Miguel Tavares | 0 Comentários

Formada no SC Coimbrões, Joana Jesus cedo começou a dar nas vistas, sendo chamada a integrar o CNT-Calvão onde evoluiu sob as ordens de Ricardo Vasconcelos e Ana Catarina Neves. Depois disso mudou-se para outro clube da AB Porto, o CPN de Ermesinde onde tem sido uma das principais figuras das equipas de Sub19 e de Seniores.

Recentemente, recebeu um enorme voto de confiança por parte de Ricardo Vasconcelos, Seleccionador Nacional de Seniores Femininos, que a convocou para o 2º Estágio de Preparação da referida Selecção, apesar de Joana Jesus ainda ser atleta Sub18. Aliás, o seu nome é presença habitual nos Centros de Treino e nas Selecções jovens, e ainda no decorrer destas Férias da Páscoa, Joana Jesus foi uma das atletas escolhidas por Mariyana Kostourkova para o Estágio da Selecção de Sub18 Femininos.

Depois desta sua primeira experiência com algumas das melhores atletas nacionais, pretendemos saber como é que a jovem Joana viveu estes dias de trabalho.Que balanço fazes deste teu primeiro Estágio com a Selecção de Seniores?
O balanço deste primeiro estágio na Selecção Sénior, como só o podia ser, é bastante positivo. É sempre bom viver novas experiências e quando surge a oportunidade de faze-lo com as melhores ainda mais positivo se torna!

Na semana passada estavas no Estágio das Sub18, agora estás no das Seniores. Foi fácil adaptares-te às diferenças de jogo de um escalão para o outro?
São formas de jogar que têm por base conceitos bastante diferentes, mas como já tinha trabalhado, no CNT Calvão, com estes mesmos conceitos, penso que facilitou bastante as coisas.

Que ensinamentos levas desta experiência no grupo das melhores jogadoras portuguesas?
No final do estágio adquiri novos conselhos/dicas, bem como uma perspectiva do que ainda me falta trabalhar para estar ao nível das melhores, mas penso que o maior ensinamento passa mesmo pela experiência.

Tiveste direito a praxe pelas jogadoras mais velhas?
Obviamente que sim, as veteranas não perdoam… Mas penso que faz parte e acaba por ter a sua piada!

terça-feira, 17 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Entrevista de Agostinho Pinto ao Planeta Basket, 12/4/2011

A sociedade não é a favor
Terça, 12 Abril 2011 08:25
Planeta Basket Visto 1137 vezes

Um nome indiscutível no basquetebol feminino, Agostinho Pinto é treinador e Coordenador do CPN, onde conquistou já vários títulos.


Quando abordamos temas sérios como este, não podemos deixar de considerar a sua opinião e visão. Gostaríamos de agradecer a sua disponibilidade para colaborar com o site Planeta Basket.


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Na sua opinião, porque é que todas as desculpas utilizadas para justificar o insucesso do sector masculino, não ajudam a desculpar os resultados no sector feminino?
Depende sempre dos pontos de vista, se o basquetebol masculino pode sempre “desculpar-se” de que o “desporto-rei” cativa mais os jovens atletas e que nas ligas profissionais existe um baixa percentagem de jogadores jovens a fazerem parte dos plantéis e a terem tempo de jogo, no basket feminino poderíamos argumentar que a nossa sociedade não é a favor da prática desportiva para o sexo feminino, basta verificar a atenção dada pelos “media” a tudo o que seja desporto feminino, que é quase nulo. Sem essa visibilidade, os clubes acabam por não se tornar atractivos para investidores ou patrocínios, sendo que não havendo apoios, as jogadoras acabam por chegar a uma determinada idade em que não vêm o basket como algo viável para o seu futuro, acabando por enveredar por outras vertentes profissionais, dando assim lugar ao súbito aparecimento dos tais plantéis jovens na nossa liga profissional. As “desculpas” como se vê, arranjam-se tanto no masculino como no feminino para justificar o insucesso de resultados, o importante a passarmos a ajudar a encontrar soluções ao invés de “relaxarmos com a desculpa fácil”.

Acha que a participação das jovens atletas com 16 e 17 anos nas equipas da Liga Feminina é benéfica para elas? Porquê?
Sim, acho muito importante, agora temos e devemos analisar se a sua participação é por elas terem valor para tal ou se é por falta de qualidade da liga. Essa análise é importante pois se é por elas terem qualidade, isso só irá ser benéfico para as selecções jovens e também para fazer acreditar as outras jovens atletas que podem alcançar o mesmo patamar mesmo com idade jovem e assim trabalharem mais e dedicarem-se mais ao basket..

Porque é que há tão poucas selecções a competir a nível europeu, no escalão de Sub-20, (na divisão B apenas participam cerca de 10 equipas)?
Uma das razões para tal é a falta de dinheiro dos próprios países. Como é um escalão em que algumas atletas têm já idade de sénior e qualidade para integrar as selecções seniores dos seus países, optam por não entrar na competição.

Apesar de alguns bons resultados nos escalões de formação, a Equipa Nacional Sénior continua sem conseguir obter bons resultados. Porquê?
Os “bons resultados” são muito subjectivos, pois depende dos objectivos que temos para os escalões jovens. Deveríamos acima de tudo saber o que pretendemos para eles e ai sim, tínhamos uma medida para saber se os resultados foram positivos ou negativos.Com isto não quero dizer que na minha opinião não tenham havido alguns bons resultados, embora muito esporadicamente. Em relação à Selecção Sénior, salta à vista de todos que queiram ver o porque dos resultados serem aquém do que se esperava. O facto de nunca termos conseguido ter a jogar ao mesmo tempo jogadoras como a Ticha Penicheiro a Mery Andrade, Sónia Reis, mais algumas atletas ( por motivos profissionais, escolares ou pessoais) e o nunca termos tido capacidade para conseguir resolver isso. Para um Pais como o nosso esse é um luxo ao qual não nos podemos dar. Agora digam-me (e sem pretender ferir susceptibilidades a outras jogadoras que também possuem qualidade e que admiro e respeito muito o trabalho que tem feito e desenvolvido) se Portugal conseguisse reunir estas jogadoras que vou mencionar e que todos, mas mesmos todos sem excepção fizéssemos tudo para isso se concretizar, se não seriamos uma equipa boa e de nível na Europa e Grupo-A (digo isto com conhecimento de causa porque já vi Campeonatos da Europa Grupo-A): Ticha Penicheiro, Joana Lopes, Paula Muxiri, Mery Andrade, Sónia Reis. Seria tudo muito diferente de certeza...!

Na sua opinião, as provas europeias de clubes contribuem para a evolução das basquetebolistas portuguesas? Como?
Sim e bastante mesmo. Só se pode evoluir treinando e jogando com e contra os melhores, ver outros a jogar, estilos diferentes de jogo, ver onde temos que melhorar. Também por vezes fazer uma auto-análise como atleta e treinador, pois afinal não chega só ser “o bom por cá”, que temos que trabalhar ainda mais para sermos reconhecidos “lá fora”. Uma coisa muito importante e que também nos deve fazer reflectir é a nossa visão da formação de uma jogadora, e isto de nas competições europeias vermos jogadoras de 1,85-1,90 a jogar em posições exteriores...

Quais são, na sua opinião, os verdadeiros problemas que o basquetebol feminino sente e enfrenta?
Poucos treinadores com qualidade principalmente na formação. Normalmente os clubes metem o “miúdo” que deixa de jogar a treinar os mais jovens e sem acompanhamento de alguém mais experiente. Depois temos também as competições, que são na sua maioria desajustadas e com pouca divulgação, assim como o pouco apoio, incentivos e reconhecimento aos clubes e pessoas que fazem bons trabalhos em prol do basquete feminino.

Quais são, na sua opinião, os factores mais positivos do sector?
Os “carolas” que normalmente andam no basquete feminino. Têm um amor e paixão há causa fora do comum. Os clubes que se dedicam na formação de atletas, assim como os centros de treino da F.P.B. Também é bastante positivo termos jogadoras de referência quer na Europa como no Mundo (Ticha Penicheiro, Mery Andrade, Sónia Reis, …).

Que soluções e qual é o caminho que o basquetebol feminino deve seguir para ocupar um lugar digno no basquetebol europeu?
Deverá haver um maior investimento no basquete feminino, quer na divulgação como na captação de jovens com várias iniciativas (por ex. “Operação altura” nas escolas), promover os nossos atletas de referência, conseguir o Estatuto de Alta Competição justo para os atletas, se não pode ser a morte da “alta competição”. Promover mais contactos Internacionais das nossas Selecções Nacionais e esses começarem com idades mais jovens e criar condições para os nossos clubes puderem participar com regularidade nas Competições Europeias.

Aproveito até para lançar um “desafio”: uma vez que o basquetebol no desporto escolar basicamente se resume ao “Compal Air”, em que a grande maioria dos participantes são atletas já federados, não seria mais “produtivo” um projecto em que se realizassem visitas de atletas referência a escolas primárias e básicas, de modo a ser possível cativar jovens para o nosso minibasquete e escalões de sub-14 em maior número, num trabalho em conjunto da federação com os clubes.

Parabéns pelo trabalho que o vosso site tem desenvolvido no basquete e felicidades para o mesmo.

Abraço
Agostinho Pinto